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quarta-feira, 27 de julho de 2011

AFINAL - O QUE QUEREMOS?



Há alguns anos presenciei um extraordinário exemplo de consciência e cidadania. Uma senhora já idosa, estava no quintal de sua casa com uma pequena enxada nas mãos, plantando uma jabuticabeira. Presenciava o fato os filhos todos adultos, casados com filhos e netos. Eis que um deles, sorrindo, perguntou para a mãe se ela esperava chupar jabuticabas daquele pé, uma vez que essas árvores só começam a frutificar após dez anos de plantadas.
- Não, respondeu ela. Nasci, cresci e, quando chupei as primeiras jabuticabas de minha vida, eram de um pé que alguém plantou para mim. Por isso, estou plantando essa jabuticabeira para que alguém, no futuro, possa desfrutá-la.
Esse foi um dos muitos exemplos de vida deixados por Da. Leonor Ranzani de Paula Ribeiro.
Afinal, o que queremos: seguir esses exemplos ou viver apenas o hoje, deixando para as futuras gerações, filhos e netos, um mundo bem pior do que aquele que achamos?
Hoje, lamentavelmente, vemos todos os dias os pais não se preocuparem com os filhos; não participarem de reuniões de pais e mestres nas escolas, como se os professores sozinhos fossem os responsáveis pela educação de seus filhos.
Não se preocupam com nossa cidade, como se fossemos apenas observadores do município e não parte dele.
Não cumprem com as obrigações como munícipes e nem exigem que seus mandatários cumpram com as propostas oferecidas por ocasião das eleições.
Afinal, o que queremos?  Deixar como está para ver como é que fica ou assumir  plena condição de cidadania uma vez que nossa casa, nossa cidade, nosso país é, nada mais, nada menos, que aquilo que queremos.
Afinal, o que queremos? Ser um povo altivo, consciente que cumpre com seus deveres e exige seus direitos, ou nos contentarmos em receber migalhas do muito que produzimos? Continuar achando que os governos são “bonzinhos” quando realizam algo para o povo esquecendo que já pagamos, e muito, por tudo o que é feito?
Pesquisas comprovam que 60 dias após as eleições, 30% do eleitorado não lembra mais em quem votou.
Afinal, o que queremos?
Acompanhar nossos filhos desde pequenos criando uma relação de confiança mútua e orientá-los para que possam crescer e ser homens e mulheres de verdade, ou deixar correr e entregá-los às drogas e à perdição, pois é assustador o número de usuários de drogas que cresce ano após ano.
Em uma reunião acontecida no Teatro Carlos Gomes com Juízes, Promotores, Desembargadores, foi dito por um dos palestrantes que o consumo de drogas em São Simão é tanto que poderia considerar totalmente desproporcional ao número de habitantes; a quantidade consumida em São Simão é, estatisticamente falando, o de uma cidade muito maior.
Afinal, o que queremos?
Assumir a condição de cidadão, na sua maior plenitude, ou deixar estar para ver o que acontece? Garanto que, se escolhermos a última opção, haverá muitas lágrimas por esse caminho.
Apenas como resultado de nossa “bondade” o Brasil tem:
- A telefonia mais cara do mundo,
- A gasolina mais cara do mundo.
- O gás mais caro do mundo.
- Os automóveis mais caros do mundo.
- A maior carga tributária do mundo.
- A energia mais cara do mundo.
- Os juros  mais caros do mundo e,  ainda temos, em contrapartida:
- Um  dos piores  níveis de educação do mundo.
- Um dos  piores níveis  de segurança  do mundo.
- Um dos piores níveis de saúde do mundo.
Aliás, na América Latina, o país que menos cresce é o nosso.
Afinal, o que  queremos nós?
                                                                                     ( Samir Geraigire)